| 08/04/2003 16h05min
O número de jornalistas mortos na atual guerra no Iraque ultrapassou o total de falecimentos de profissionais de imprensa na primeira Guerra do Golfo, ocorrida em 1991. A principal causa das mortes é a presença dos jornalistas nas frentes de batalha.
Em 20 dias de guerra no Iraque, 11 profissionais morreram. Nove deles em ações relacionadas às batalhas e dois por acidentes isolados. Na guerra do Golfo de 1991, que durou pouco mais de 40 dias, quatro profissionais morreram.
De acordo com grupos que monitoram a mídia internacional, mil jornalistas estão no momento no Iraque. Cerca de 600 encontram-se com as tropas britânicas e americanas. Outros 200 estão em Bagdá e um número similar viaja pelo país independentemente.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) classificou como crimes de guerra os ataques dos EUA aos escritórios da rede Al-Jazeera e da TV Abu Dhabi e ao Hotel Palestine, que deixaram três jornalistas mortos e outros cinco feridos nesta terça, dia 8, em Bagdá. A FIJ exigiu que os culpados pelos ataques sejam julgados.
Oficiais norte-americanos afirmaram ter havido relatos sobre franco-atiradores no hotel. Sobre o incidente no escritório da Al-Jazeera, que matou um jornalista da rede nesta terça, o Comando Central dos EUA no Catar disse que as forças americanas foram atacados por "significativo fogo inimigo" vindo do prédio da rede e responderam em defesa.
– Nossos alvos serão apenas forças militares. E, se elas estacionarem em áreas civis, continuam sendo alvos legítimos. Dissemos muito claramente que Bagdá se tornaria uma área muito perigosa. Isso é uma zona de guerra – disse o capitão Frank Thorp, porta-voz das Forças Armadas dos EUA.
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